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Digamos que a prática a que esta página se dedica, é fruto de um interessante cruzamento entre o surf e a canoagem. As águas bravas são, de há longa data, uma paixão para ambas as modalidades. Nesta área, os canoístas desbravam rios e quedas de água com a mesma paixão que qualquer surfista manobra as ondas mais portentosas. Em comum, ambos gostam de água. De andar na água com, ou sem sal. As manobras sucedem-se consoante os modelos que cada um adopta. Segundo algumas páginas estrangeiras dedicadas ao kayaksurf (latinizando o termo ficaria algo estranho como caiaque-surf), este terá surgido nos anos 30 do século passado na Austrália, segundo algumas opiniões, ou na África do Sul, segundo outras correntes. Por esta altura, os comuns salva-vidas das praias - australianas e sul africanas - faziam transportar-se em caiaques. Aos poucos, foram estes mesmos vigilantes das praias que começaram a investir numa radical progressão das suas embarcações. Encurtaram-nas, adaptaram-nas às ondas e conceberam-nas à semelhança de uma prancha de surf longboard só que, em vez se surfarem em pé, passeavam pelas ondas sentados a bordo de um kayaksurf. Depois, foram as sucessivas evoluções técnicas que deram origem aos mais variados modelos, desde os sit-in (caiaques fechados), passando pelos wave-skis - modelos mais aproximados do surf - até aos sit-on-top, caiaques abertos (ver página modelos). No nosso país, não são conhecidas associações criadas de raiz com dedicação exclusiva a esta modalidade mas, no seio dos canoístas, são cada vez mais os adeptos do kayaksurf. Em algumas praias do nosso espectacular litoral oeste, os kayaksurfers são já uma presença habitual nas ondas a par de todos os amantes do mar. O conhecido spot da Praia do Cabedelo, na Figueira da Foz, é um desses exemplos.

Podemos dizer, sem receio de exageros, que existem dezenas de modelos de caiaques com as mais variadas formas e feitios de acordo com as exigências de cada canoísta. A fibra de vidro deu lugar ao plástico e, actualmente, a durabilidade e resistência de um caiaque só peca pelo cansaço que pode causar ao seu dono - raramente se estragam, o que impossibilita a "chatice" de comprar um outro modelo. O que agora proponho apresentar é, simplesmente, uma amostra elucidativa de alguns dos modelos mais comuns. A escolha de um bom caiaque é meio caminho andado para a progressão na modalidade. Para além da embarcação, apontam-se como exigências básicas saber nadar em situações declaradamente dificultadas - mar agitado - e o uso obrigatório de todo equipamento de segurança (consultar link acessórios). A prática da esquimotagem - que consiste em rodar o caiaque, sem nunca sair do seu interior, até à sua posição natural (sempre que este fique virado para baixo no decorrer de alguma manobra mais arriscada) - é igualmente aconselhada para o kayaksurf. Tudo depende dos modelos seleccionados mas, antes dos modelos, vamos aos acessórios essenciais para a modalidade...









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