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:: ROBERTA BORSARI - HAVAI 2010 ::




Report de Roberta Borsari

HAVAI 2010


Havai / photo by ppalmward

Roberta Borsari


Bom, depois das Galápagos, Bebeta surpreende-nos com mais uma viagem de sonho a um dos destinos paradisíacos do surf mundial – Havai. A nossa amiga e colaboradora de longa data – foi ela quem inaugurou a nossa NEWS TEAM – envia-nos o relato da viagem que andou a preparar durante vários meses. Com muita pena dela, não participou no Campeonato Sul Americano de Canoagem em Onda (que coincidiu com a viagem) porque já tinha tudo planeado para a semana em questão. Se bem conhecemos Bebeta, já estará neste momento a engendrar mais uma surf trip. Para quando de novo Portugal? Vamos a uma pequena introdução histórica e depois, o texto da brasileira mais conhecida do mundo do kayaksurf.

HAVAI – o Estado 50 dos EUA

O arquipélago constitui o estado 50 dos EUA e foi o último a entrar na união. Em pleno Oceano Pacífico, é o estado mais isolado dos EUA e a sua capital – Honolulu – localiza-se a mais de 3100 km de qualquer outro estado Americano. Após a abolição da monarquia em 1884, o território integrou-se nos EUA fruto de uma invasão militar e posterior anexação geo-política.

Mais tarde, o arquipélago ficou famoso pelo ataque histórico dos japonoeses à baía havaiana de Pearl Harbour em 1941 que provocou a entrada dos americanos na II Guerra Mundial. O episódio, já deu origem a inúmeros filmes e documentários e hoje, o Hawai tem mais uma curiosidade: foi lá que nasceu o actual presidente norte-americano Barak Obama. Entretanto, a população oscila um milhão e trezentos mil habitantes onde são vulgares milhares de famílias com origens europeias e asiáticas.

De acordo com Carlos Fontes da Lusotopia, “As ilhas Hawai, situadas em pleno Oceano Pacífico, foram descobertas no século XVI por um português ao serviço de Espanha. A presença de portugueses só começa a notar-se a partir da segunda metade do século XIX, quando aí se começaram fixar portugueses oriundos da Madeira (marinheiros desertores dos barcos baleiros)”.

Segundo a mesma fonte, em 1940, os portugueses seriam mais de 35 mil, estando profundamente enraizados na vida das ilhas e com uma enorme influência na cultura local. Os nomes Rebelos, Perestrelos, Vieiros, Câmaras, Bettencourts, Silvas, Pracanas, Soares, Cardosos, Freitas, Lomelinos continuam a ser muito comuns e até o cavaquinho português (o ukulele), foi promovido a instrumento musical nacional. Certo é que a influência portuguesa estende-se hoje desde a arquitectura, à culinária até à religião - onde ainda se continuam a realizar as célebres festas do Espírito Santo. Passemos agora ao relato de Bebeta…







REPORT HAWAII por Roberta Borsari

A decisão de escolher o Hawaii para uma surftrip aconteceu simplismente pelo fato de ser um lugar onde todos que gostam de surf tem que ir um dia, por ser mítico e místico, e também por ser um grande desafio e oportunidade de aprimorar meu surf. Não tinha referência de outros atletas do kayaksurf que pudessem me dar informações ou direção específica sobre o surf no North Shore (confesso que também não pesquisei muito...), mas isso não mudou a minha decisão.

Claro que sabia muito bem o tamanho do desafio que tinha pela frente, afinal as ondas gigantescas, correntes fortíssimas, fundo de coral e crowd absurdo, são apenas alguns dos ingredientes desta trip...isso sem contar que iria sozinha! Mas meu objetivo era: fazer o reconhecimento do local, surfar boas ondas dentro da zona de segurança e dos meus limites, voltando ilesa e apenas com boas lembranças. Afinal esta era uma viagem pessoal e não tinha que provar nada...apenas experimentar a energia do Hawaii...pensei, vou chegar lá, olhar e ver o que da pra fazer!


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Roberta and her Mega Neutron RV preparing to surf



Outubro – o mês das boas ondas

Escolhi o mês de outubro por ser início da temporada, por já ter entrada de swell, boas ondas, mas ainda não ter o megacrowd do inverno. Afinal, chegar lá na alta temporada, com 10m de onda, não me parecia muito apropriado para uma primeira kayaksurftrip no Hawaii... Foram 2 semanas em Oahu, com a base no North Shore na praia de V-land sendo muito bem recebida pela na equipe da GoNutsHawaii: Kátia, Cezinha e seus filhos Kaiama e Kona, e depois 5 dias em Maui. Logo que cheguei, na primeira semana o mar oscilava entre 0,5m e 1m, o que foi ótimo pois pude fazer o reconhecimento das bancadas e uma boa adaptação nas ondas rápidas e com fundo raso. V-Land, Fred Land e Kames foram os picos escolhidos e a recomendação para surfar de caiaque. Rock Point, Back Door...nem pensar! Mesmo 1m de onda exigia atenção e o drop tinha que ser preciso, utilizando quilhas pequenas, onde no Brasil surfo ondas de 2m, lá algumas vezes o caiaque já derrapava demonstrando que quando o mar subisse um pouco mais já seria necessário usar quilhas grandes para ter mais segurança.



Perfect waves / photo by Roberta Borsari




A descoberta do stand up e as canoas havaianas

Os dias de surf eram intercalados com o stand up, esporte da qual tive contato lá e que me apaixonei. Na vontade e impulso de curtir ainda mais a remada em pé comprei os equipamentos (prancha e remo) lá mesmo. Os mergulhos com cilindro ou snorkel também são opções para relaxar e intercalar com o surf. As dicas para fazer snorkel em Oahu são Sharks Cove, no norte, e Hanauma Bay, ao sul, uma cratera de vulcão com uma quantidade e variedade enorme de peixes. As canoas havaianas também estão presentes em quase todas as praias, a quantidade de clubes é imensa. As canoas estão para o Hawaii como o futebol está para o Brasil.



Hawaian canoes / photo by Roberta Borsari




Crowd Havaiano: “Respeitar e ser respeitado”

Na semana seguinte tivemos a entrada do swell, neste momento se restringe um pouco mais os picos para caiaque e V-land se mostrou o local mais seguro sendo possível surfar as ondas até 2m, quando lá fora as ondas chegavam a 3m ou mais. No Brasil fiz uma preparação física com o treinador Fabio Batista do clube Paulistano. O treinamento funcional com exercícios de força, equilíbrio e explosão - específicos para kayaksurf, foi essencial para segurar o “tranco” que tive nos dias de onda no North Shore. O desgaste físico diário era intenso e misturado com a adrenalina era potencializado. Brincava com o pessoal da casa em que fiquei dizendo que alguns dias me sentia como se tivesse levado uma surra. O corpo inteirinho dolorido e perna ficava roxa, das pancadas que levava nos drops.





Let's surf!

Tinha condições técnicas de surfar as ondas maiores, mas o fato de estar sozinha no mar, me fez ser extremamente rigorosa nas tomadas de decisão. O tempo todo você está lidando com a sua cabeça, mais que seu corpo ou sua técnica. Um único drop errado e você pode ter bem mais que um equipamento danificado. Na única natação que fiz neste período, quando uma onda me arrancou do caiaque como se fosse uma pluma, senti a forte corrente, que por sorte me levou para o raso e não para o fundo, e tudo acabou bem. Nenhum incidente com coral, nenhum problema com os surfistas. É claro que não estava na alta temporada, que tive uma postura adequada - o que faz toda a diferença. Não sei como seria se 5 ou 6 caiaques chegasse no pico...No penúltimo dia em Oahu, já com o swell descendo tive o privilégio de surfar Sunset, numa manhã de sol, mar lisinho e 1,5m de onda pesada. Foi sensacional e inesquecível! Infelizmente não tenho as imagens de ondas para mostrar neste report, todas as cenas estão apenas na minha mente e nas minhas lembranças.

Eddie Rothman

No dia seguinte, pela manhã fui acompanhar a bateria da final da Kaimana, (surfista de 9 anos filha do Cesar e Kátia) que estava competindo em Haleiwa, uma praia bastante conhecida a 15 minutos de Sunset. No campeonato da molecada no Norte Shore haviam crianças a adolescentes de todas as idades e a cultura do surf estava no ar. A qualidade do surf que vi já naquelas crianças foi contagiante! Deixei a ilha de Oahu satisfeita e com a sensação de objetivo cumprido. Toda atenção é pouca! Não vi um caiaque ou waveski pegando onda por lá, e quando conheci o famoso e polêmico Eddie Rothman (dono da Da Hui) – hoje um simpático senhor de 62 anos – ele veio falar comigo no mar e ele ficou super curioso e disse que não tinha visto um daqueles ainda. Quando saímos da água e ele quis ver em detalhes a construção e material do Mega.

Cada ilha tem uma característica diferente, Maui também me encantou pela beleza, minha passagem por lá foi bem mais curta, passei apenas 5 dias, mas foi o suficiente para ficar maravilhada. Não teve onda no período que estive lá, puder relaxar da adrenalina do North Shore e isto fez com que eu curtisse o stand up intensamente...todos os dias remando nas águas límpidas onde era possível ver tartarugas, raia e divesos peixes. Fui mergulhar em uma ilha que fica a cerca de 15km de Maiu, uma cratera de vulcão chamada Molokini, conhecida mundialmente pela alta visibilidade de suas águas. Tubarões, tartarugas, e enguias além de diversas espécies de peixes são alguns dos animais que podem ser vistos. Outra característica do local é a facilidade de se fazer amigos, as pessoas em Maui são extremamente amigáveis.




Molokini by Ron Gamett





O que ficou…

A percepção que tenho é que o Hawaii não é um destino para aqueles que gostam de surf, mas sim para todos que gostam de praia em geral, natureza a atividades outdoor. A quantidade de atrações e atividades para serem feitas são muitas, tornando todos os dias intensos. Sejam pelo surf, visitas aos vulcões, mergulhos, trilhas de bike, remadas de canoa havaia ou stand up! Tudo sempre aos olhos e benção dos grandes reis e protetores dos oceanos, que estão enterrados no topo da montanha ao lado da praia de Waimea. Se você tem respeito pelo oceano, ele será generoso com você!




Dangerous shore breaks by Roberta Borsari






Sunset by Roberta Borsari



AGRADECIMENTO ESPECIAL:


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Trabalho publicado em 30 de Dezembro de 2009

Texto - Roberta Borsari

Fotos - Roberta Borsari / Ron Gamett / Ppalmward






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